sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um Ano Novo maravilhoso!

Esse ano passou tão veloz que talvez alguns momentos tenham ficado pelo meio do caminho.Então, desejo que 2012 venha com calma e que tenhamos paz, saúde e fé para continuarmos a seguir em frente.
Um ótimo Ano Novo a todos!

Em 2012 desejo...

Doses de Miguel Falabella

"Um cheiro de jasmim vem chegando e com ele vem a saudade de tano beijo e tanto sussurro e tanta promessa e tanto êxtase. Não a saudade dolorida embalada no papel da perda, mas a saudade gorda e plácida dos amores múltiplos que meu coração acolheu pela estrada. Hoje, sentado na varanda, com o olhar perdido no horizonte do agreste, eu me descubro amando. E sorrio para o mundo, agradecido pela nova oportunidade, sem ousar pedir mais nada."

"Às vezes, a gente precisa olhar para os juízes de mesa e pedir um tempo. Fechar a cortina, espantar a preguiça e ver tudo que fez de errado na montagem. Por que sempre há possibilidade de uma reestreia num outro teatro. E com outro elenco."

A Poesia de Namorar

"Nem sempre o coração faz samba quando o Amor chega.
Às vezes, vai na valsa, erra o passo, embala uma nova canção.
Namoro não é só carinho, mas também é poesia.
Recadinho surpresa preso na geladeira,
mensagem escrita de batom no espelho do banheiro,
SMS no meio da tarde só pra dizer Oi,
cartas, longas cartas de amor...
Ah, Namoro é poesia!

Cada verso, cada palavra, cada linha, explode o Amor.
Namoro é inventar a cada dia, e surpreender um pouco mais.
É verso que quando não cai no papel despenca do olhar e
quando a garganta não grita, o coração sussurra.
Namoro é um conquistar diário,
é um colher de palavras soltas e junta-lás para se ter um bonito romance.
Ah, Namoro é poesia!"
"Ela estava na mesinha de sempre, com seu cabelo delicadamente preso e seus óculos grandes.Lia um livro de romance e talvez por isso, a história fosse tão merecedora da sua total atenção.Parecia presa as palavras e a cada nova página, sonhava um pouco mais.
Começou a pensar em seu Amor bonito.Eles eram tão diferentes, estilo bossa nova e rock'n roll, mas ao mesmo tempo aparentavam ser o complemento um do outro. E essas diferenças eram a base da relação.
Um parecia querer aprender sobre o mundinho do outro e assim tudo virava diversão.Juntos conheciam novas músicas, novos lugares, novos sabores, novas fragâncias.Cada um extraia de si o seu melhor para ficar condizente com o olhar do outro.Ela se encaixava tão bem nos braços dele, ele sentia abraçar o mundo a cada novo abraço.
Enquanto ela estava perdida em seus pensamentos, nem notara que seu livro estava rabiscado.Quando percebeu, acariciou a folha com aquela grafia conhecida escrito: 'Te Amo!' e esbanjou um sorriso."

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Um pouco de romance

"Se às vezes deixo o meu coração tão à mostra, se rasgo meu peito e o entrego a ti e no fim, o roubo de volta  e o recoloco em mim; se assim, meu lado esquerdo se enche de marcas, é porque acredito que as cicatrizes contam nossas histórias, e o meu corpo retalhado é a prova de que sempre é possível amar outra vez.Seja um novo amor, um amor inesperado, um amor adormecido, escondido, um caso antigo ou um reinventado.Sempre é possível amar.(...)"

Melancólica

"A melancolia fez de mim o seu abrigo.
Diante das transformações da vida,
Sinto como se o chão se abrisse sob meus pés.
Estou em queda livre.
Creio que esta seja a sensação que me consome agora.
As palavras se perderam no meio do caminho.
Minha mente revesa entre pensamentos, memórias e neblina,
Cores desbotadas, orvalho, silêncio.
Fecho os olhos e as lembranças vão aparecendo uma a uma,
como um filme preto e branco de um cinema mudo.
Perdoe-me por apresentar meu ser tão despido.
Roubaram minha armadura.
Roubaram uma parte importante de mim."

Eis que em mim (talvez) já não bate um coração


As lembranças apareceram todas de uma só vez, sufocando minha mente e roubando-me o sono.Banho na chuva, cantiga para dormir, deitar só para ouvir as gotas tocarem as telhas, o cheiro de pão assado de manhãzinha, tantas recordações boas que hoje me enchem de saudade.
Quando dei por mim, cai em um momento particular da minha infância.E lá estava eu, uma garotinha no meio do campim, que aos meus olhos era enorme, tentando andar na magrela, e aqueles olhos confiantes ao me olhar, pareciam acreditar em mim mais do que eu mesma, então, depois de algumas quedas e raladuras, enfim, consegui as minhas primeiras pedaladas em linha reta na minha Caloi.
Aqueles olhos que muito me motivaram, e que por não poucas vezes tentaram me compreender, guiaram-me até aqui.Compartilhou minhas vitórias, cuidou dos meus medos, deu conselho, ou melhor, deu lições de vida.E por tudo isso, e por tantas outras coisas, que meu coração só podia lhe chamar de Mãe.Um amor incondicional e sem medidas, me embalaram por anos, e acho que foi esse conforto de colo, que me fez achar que eu ainda teria sua presença por mais alguns longos anos.Até por que, quando alguém assim se vai...o que fica??De verdade, o que fica??
Não posso mais ter o abraço apertado, conversar, ouvir as piadas ou ver o sorriso.Não posso desfrutar mais da companhia e isso tanto me dói, que no meu peito estraçalhado, às vezes acho que já não bate mais um coração, ou se bate, de tão enfrangalhos, não sinto o seu pulsar.Parte de mim também partiu quando aqueles olhos se fecharam para sempre se despedindo da vida.
As lágrimas correm pelo meu rosto, porém se mesmo sendo entre soluços eu pudesse só mais uma ver reencontra-la, eu diria: "Mãe, Te amo pra sempre!Saudades!"

P.S: Dedicado esse texto a minha vó querida, Mãe Marizete, que partiu deixando muitas saudades...

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

"Lembro-me das flores olhado para as feridas provocadas pelos espinhos. "

Algo mudou?Alguma coisa verdadeiramente mudou com a troca de estações?


Aqui dentro as perguntas  se espalham em mim, se confundem com sonhos e formulam respostas.O reflexo do espelho mostra nada mais do que é inevitável aos olhos de qualquer um, mas aqui dentro as imagens se formam diferente.
As lembranças são consolo e aconchego, embalando meu sono.Os detalhes acho que estão se perdendo aos poucos, mas acho que é mesmo assim, por mais que não queiramos, o tempo abre lacunas, desfoca um pouco as memórias, altera um pouco o brilho e coloca outras tonalidades.Ou talvez, o culpado nem seja de fato o tempo, mas sim o que há aqui dentro.
Longe, mas não tão longe de mim, ainda se vê o reflexo nos cacos pertinho daqui. A quebra de laços, a mudança de tom, a troca de hábitos. Retalhados, mas em rearranjo, costurados novamente em mim.
Bem ou mal, tanto faz. Não importa.
Outrora, lá fora as paisagens vão mudando condizentes com a nova estação... mas aqui dentro, onde o sol não bate, mas o brilho é inevitável...algo mudou?Algo realmente mudou?
Não sei diferenciar as mudanças, ou tão pouco, redefini-las aqui, porém, se algo mudou, que a mudança se revele aos olhos e os barrancos e pedregulhos do caminho não me façam mais cair.
Abre-se novos caminhos.
 O céu está majestoso lá fora, é preciso que os raios de luz iluminem aqui.