quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Armações e armadilhas



Vejo que de pouco em pouco as armadilhas que fui armando pelo meio do caminho tentando me proteger dos perigos da vida, vão me prendendo e assim me perco de mim. As armadilhas que eram para os outros são amarras para mim. O coração que hoje se cala por não saber mais falar, os pensamentos tripudiam a mente e ainda assim ficam por lá, não viram gestos, não viram som e não viram letras. Então pra quê tanto pensar?
 Tudo em um silêncio absurdo.
Consigo ficar tão longe do que me cerca que agora me pergunto se algum dia algo irá se aproximar. Porque é bem mesmo assim, você vai se fechando tanto que sufoca. E não há quem consiga viver sem ar.
Se não houvesse tantas armações e tantas armadilhas. Se as amarras fossem laços e as armas flores. Se a cerca servisse só para limitar certo espaço e os arames fossem só um enfeite infeliz. Se tudo não escondesse uma má intenção, uma dor, um mistério e se as palavras não fossem ditas pelas metades. Se fosse assim, talvez eu pudesse andar livre por ai. Por enquanto não.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Pensamentos Soltos

"Posso contar os passos ou fazer rastros,
posso contar as horas ou atrasar os segundos,
posso seguir ou parar,
posso pedir ou agradecer por ter.
Mas hoje não estou bem para as escolhas,
então vou deixar os meus pés me guiarem
e seja o que Deus quiser até o final do dia.
Amanhã volto a pensar."

Canto de Inspiração

"A inspiração chega de mansinho quando o passarinho vem me acordar.
Ao abrir a janela a flor me faz lembrar que a primavera omeçou e
novos sonhos podem germinar.
O sono me chama: Volta a se deitar.
E mesmo com o som do passarinho
entrego me aos cobertores,
porque sei que daqui a pouco ele torna a me chamar."