Aconchego no calor dos teus braços quando me abraça, carinho que desliza pelos teus dedos enrolando meus cachos, felicidade pairando no ar. Cheiro que me embriaga, o olhar que me fascina, o poeta que me encanta, as palavras que me conquistam.
Digo por tão pouco dizer coisas certas.
Hoje aproveito que as palavras saem de mim sincronizadas, estão bailando procurando uma direção. Palavras que saem como passos de dança no vento sendo sopradas ao pé do ouvido entoando um canto bonito.
Aproveito o instante em que as palavras não fazem paradas e vão se arrumando uma a uma em minha mente e caindo no papel em uma ordem sincera. Digo como se andasse cambaleando, evitando alguns becos, poupando algumas palavras, tentando conter, fazer reservas, tentando “esconder” o que aflora e mostra-se intensamente a cada novo amanhecer. Digo ainda tímida por não saber dizer com exatidão tudo, por não saber escolher palavras sábias, falando apenas como o meu coração tagarelo e nada manso gosta de dizer. Às vezes dizer “Eu Te Amo” é tão pouco que não expressa todo o meu real sentimento.
O que eu sinto é algo além. Além de palavras, além de gestos, além de idéias, além de reflexos, além do que eu consigo demonstrar. É tão além que quase não cabe em mim e por isso às vezes transborda.
Lá fora, a escuridão se debruça à porta, mas da janela vejo apenas a luz do luar.
Nada de ruim cabe perto de nós, nada de ruim cabe entre nós.
Pela fresta da porta entra os raios de sol.
Até quem não conhece pode perceber que quando a gente está perto um do outro a gente muda, fico tola e vira bobo, retrato de casal feliz. Até quem não me conhece escuta meu coração gritar ao te ver. Afinal até o nosso silêncio é barulhento o q dirá o nosso amor. Então canto, eu escrevo, me declaro, me exponho, deixo meu coração ser o autor.
Bom dia!
ResponderExcluirNesta quarta -feira gelada de zero grau,esquento-me ao ler seu texto.Lindo demais.
Grande abraço
se cuida